Os dados do PIB divulgados pelo INE na passada sexta-feira confirmaram que o volume do PIB no 4.º trimestre de 2010 terá decrescido 0,3% face ao trimestre anterior.
Para esta evolução negativa contribuiram a evolução da formação bruta de capital fixo que caiu 2,5% face ao 3.º trimestre registando o valor, em volume, mais baixo desde o 4.º trimestre de 1996 e a procura externa (as exportações reduziram-se em 1,1% e as importações aumentaram 1,3%. Enquanto que em sentido contrário as desepsas de consumo que aumentaram 1,2% impulsionadas por um forte crescimento das despesas de consumo das administrações públicas (+4,6%) enquanto que as despesas de consumo das famílias cresceram apenas 0,1% uma vez que o forte crescimento do consumo das famílias em bens duradouros (+10,6%) foi "anulado" pela redução do coinsumo em bens não duradouros e serviços.
Refira-se, ainda, que no conjunto de 2010 as necessidades de financiamento líquidas da economia portuguesa ascenderam a 8,4% do PIB, o que embora represente uma evolução positiva face aos valores registados nos anos anteriores (9,8% em 2009 e 11,0% em 2008) constitui ainda um valor claramene insustentável.
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