A declaração de ontem do Conselho Ecofin informal de Budapeste que estabelece os termos principais do programa de ajustamento de que depende a assistência financeira que, de acordo com o que tem vindo a ser anunciado, deverá ascender a cerca de 80 mil milhões de euros dos quais dois terços financiados através do FEEF e um terço com origem no FMI é politicamente muito dura, afastando a possibilidade de uma solução intercalar que deixasse a negociação de um acordo global de médio prazo para o governo que sair das eleições de 5 de Junho.
O que significa que, embora teoricamente seja possível, será muito dificil que o futuro Governo venha a conseguir obter alterações significativas relativamente às medidas que vierem a ser aceites, cujo conteúdo concreto será objecto de negociação no quadro da missão conjunta da UE / FMI que deverá iniciar-se já durante a próxima semana e estar concluida até meados de Maio (ou seja, exactamente antes do inicio oficial da campanha eleitoral) e que inevitavelmente terão um efeito fortemente recessivo sobre a economia portuguesa em 2011 e 2012.
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