quarta-feira, 13 de abril de 2011
A tempestade perfeita ?
De acordo com o INE em Março a taxa de inflação homóloga atingiu o 4% pressionada pela subida dos preços dos produtos energéticos (que subiram 13,3%) e dos produtos alimentares (subida de 4,6%). Conjugada com a tendência de subida das taxas de juro do mercado monetário e os efeitos sobre os rendimentos que se adivinham vir resultar do programa de assistência financeira do FMI... estamos perante um cenário extremamente negativo para a evolução do rendimento disponível das famílias nos próximos meses que não deverá deixar de ter efeitos significativos sobre a evolução do consumo privado, componente que representa cerca de 65% do PIB.
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3 comentários:
Situação que certamente também terá um impoacto significativo sobre as Importações e, por isso, não totalmente proporcional sobre o PIB.
E contribuindo para uma melhoria (pelo menos temporária)da situação de desiquilibrio externo e de endividamento.
Infelizmente a subida da taxa de juro deteriora a balança de rendimentos e a subida dos preços do petróleo e dos produtos alimentares faz piorar a balança de bens, pelo que o efeito sobre o défice externo corrente não é assim tão positivo.
Não me parece que a procura de Petroleo seja assim tão inelástica.
Mas concordo que o efeito quantidade dificilmente compensara o efeito preço.
E nos bens alimentares a rigidez deve ser de facto elevada.
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