O pedido de ajuda ontem formulado, longe de ser uma surpresa, assinala o fim de um longo período de sistemática negação de um pedido de ajuda que há vários meses era inevitável e que se tornou absolutamente inadiável dada a evolução das taxas de juro e pelas crescentes dificuldades de financiamento do Estado português que, segundo o presidente da APB, se tornou insustentável, porque "o Estado já não conseguia financiar-se há muitos meses praticamente a não ser junto dos bancos nacionais", o que terá levado a reparos por parte do Banco de Portugal e do BCE que terão dito aos bancos portugueses que "teriam de diminuir os limites de exposição ao BCE para financiar o Estado".
Falta conhecer o montante e, sobretudo, os moldes e condições em que esse auxílio será concedido, mas de uma coisa poderemos estar seguros o ajustamento necessário irá exigir dois ou três anos de austeridade, durante os quais o produto irá diminuir e o desemprego aumentar... e quem pensar o contrário não estará a ser optimista, estará a ser irrealista.
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