A Comissão Europeia apresentou na passada sexta-feira as suas previsões económicas de Primavera, que apontam para um crescimento do PIB de 1,8% em 2011 e de 1,9% em 2012. Ou seja, similar ao ocorrido em 2010 (1,8%), sendo, no entanto, de destacar o aumento do contributo da procura interna (0,5 pp em 2010, 1,0 pp em 2011 e 1,5 pp em 2012) e a redução do contributo da variação de stocks (0,5 pp em 2010, 0,1 pp em 2011 e 2012), enquanto que se espera que o contributo da exportações líquidas se mantenha em níveis significativos (0,5 pp em 2010, 0,7 pp em 2011 e 0,4 pp em 2012).
Sendo que este aumento do contributo da procura interna deverá assentar sobretudo na evolução do investimento que depois de uma redução de 0,7% em 2010 deverá crecer 2,5% em 2011 e 3,9% em 2012, apenas com um ligeiro contributo do consumo privado (0,8% em 2010, 0,9% em 2011 e 1,3% em 2012), enquanto que o consumo público deverá crecer a um ritmo bastante baixo (apenas 0,3% em 2011 e 0,2% em 2012), condicionado pela necessidade de redução do défice público (que foi de -6,4% em 2010, e deverá baixar para -4,7% em 2011 e -3,8% em 2012).
Relativamente à inflação, a Comissão Europeia antecipa que esta aumente de 2,1% em 2010 para 3,0% em 2011, mas que se situe em 2012 nos 2,0%. Enquanto que o desemprego deverá manter-se em níveis historicamente elevados descendo ligeiramente em 2011 (de 9,6% para 9,5%) e 2012 (para 9,1%) e que a economia continuará a operar significatiuvamente abaixo do seu potencial (-3,6% em 2010, -3,0% em 2011 e -2,3% em 2012).
Saliente-se ainda que a retoma da actividade económica se continua a fazer a ritmos bastante diferentes, verificando-se mesmo, comparativamente com as previsões de Outono, uma maior divergência entre as taxas de crescimento dos países do norte e centro da Europa e os países periféricos e do Sul (Irlanda, Grécia, Espanha, Itália e Portugal).
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