No que se refere a Portugal, as projecções da Comissão Europeia são particularmente sombrias apontando para uma redução do PIB de 2,2% em 2011 e 1,8% em 2012, para que contribui a forte queda da procura interna (contributo de -6,1 pp em 2011 e de -4,8 pp em 2012) - que regista uma redução em todas as suas componentes: consumo privado -4,4% e -3,8%, consumo público: -6,1% e -4,6%; FBCF: -13,6% e -9,3%) - que é apenas parcialmente compensada pelo forte crescimento das exportações líquidas (contributo de 4,0 pp em 2011 e 3,1 pp em 2012).
Uma queda da actividade que se reflecte no emprego que, depois de ter caído em 2009 (-2,5%) e 2010 (-1,5%), deverá continuar reduzir-se em 2011 (-1,5%) e 2012 (-0,9%), conduzindo a um aumento da taxa de desemprego para 12,3% em 2011 e 13,0% em 2012 (valor apenas superado pela Espanha: 20,2%, Letónia: 15,8%, Grécia: 15,3% e Irlanda: 14,0%).
Relativamente às finanças públicas, a Comissão Europeia prevê que a dívida pública em % do PIB atinja 101,7% em 2011 e 107,4% em 2012 (valor que será apenas superado pela Grécia: 166,1%, Itália: 119,8% e Irlanda: 117,9%) com os encargos com juros das administrações centrais a atingirem 4,8% do PIB em 2012 (mais 1,8 pp do que em 2010).
Apesar de uma forte redução o défice da balança corrente deverá continuar em níveis bastante elevados cifrando-se nos 7,5% em 2011 e 5,2% em 2012 (valores apenas superados pela Grécia e Chipre e que contrastam com a situação da Irlanda que deverá registar superávites correntes nestes anos).
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