O pronto apoio dos principais países europeus à candidatura da ministra das finanças francesa, Christine Lagarde, ao cargo de presidente do FMI deve ser suficiente para garantir que ainda não seja desta vez que vai chegar ao fim a tradição de que esta intituição seja liderada por um europeu, até porque parece ser dificil que os países emergentes sejam capazes de se unir perante uma candidatura alternativa com um currículo à altura.
A confirmar-se esta escolha isso é sem dúvida uma boa notícia para a Europa onde, contrariamente, ao que se pensaria antes da crise financeira de 2008-2009 o FMI tem continua a desempenhar um papel essencial, como o revelam mnão só as suas intervenções nos programas de ajustamento da Grécia, Irlanda e Portugal mas também o papel fundamental que desempenharam em muitos países do Leste Europeu.
É preciso, contudo, que a comunidade internacional - e a Europa - sejam capazes de reconhecer que os problemas da economia mundial não se circunscrevem à crise das dívidas soberanas na Europa e que a saúde da economia mundial depende, sobretudo, da capacidade para conter corrigir de forma gradual os desequilíbrios globais nas balanças externas correntes. Importa, pois, que o facto de ser liderada por um europeu não conduza a uma menor atenção relativamente aos riscos macroecómicos globais nem a uma menor capacidade do FMI para contribuir para a correcção desses desequilíbrios.
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